segunda-feira, 30 de abril de 2012

Método Mãe Canguru e Sling



O método mãe canguru é utilizado em hospitais e em casa (após a alta) em recém-nascido prematuro (menor que 37 semanas) e baixo peso (500 a 1500 g).
Este método foi desenvolvido para estimular o contato mãe e filho que foi interrompido ou dificultado pelo estado clínico do bebê.  Assim que as condições gerais do bebê permitem, ele é colocado no tórax da mãe com enfaixamento do dorso e pernas, deixando somente os braços do bebê livres, permitindo que a mãe exerça seu papel de cuidar do filho e conhecê-lo melhor no período da internação.
Muitos bebês prematuros tem se beneficiado deste método, pois eles são aquecidos por suas mães e não por máquinas; diminui o estresse da rotina da U.T.I.; melhora o sono, reflexos de deglutição, sucção e respiração; favorece o desenvolvimento do sistema imunológico (defesa do nosso corpo contra doenças) e  motor pela posição que favorece o apoio adequado a coluna.
Outras vantagens encontradas na aplicabilidade deste método referem-se a um melhor desenvolvimento do bebê, menor tempo de internação, além de facilitar o processo de adaptação dos pais com o bebê prematuro e suas condições não esperadas.
As mães de bebês nascidos em tempo e peso adequados também podem se beneficiar deste método utilizando o Sling.  De maneira parecida com método mãe canguru, o Sling poderá melhorar a relação mãe e filho, facilitar o desenvolvimento e maturação neuromotor, respiratório e linguagem.


FOTO: FLÁVIO NEVES


Escrito por Ana Carolina Infante Ferreira Freire, enfermeira.

sábado, 28 de abril de 2012

Preconceito de carregar o bebê no colo?

Quando eu passeava pelas ruas da periferia de São Paulo com a minha filha dentro do sling as pessoas ficavam assustadas, diziam que a nenê ia cair, que estava apertado ou quente para ela.  Alguns até apontavam com o dedo e cochichavam com a amiga ao lado.  Enquanto a cena acontecia do lado de fora, a minha filhinha dormia aninhada no meu colo embalada pelo meu caminhar que relembrava quando ela estava dentro do útero materno.  Preconceito de eu estar carregando a minha filha em um pedaço de pano, ao invés dela estar em um "seguro" carrinho de bebê.


A falta de informação faz as pessoas criarem um preconceito sobre carregar o bebê no colo e esta história vem de séculos.


"Babywearing" é um termo definido por William Sears para descrever a prática de carregar os bebês junto ao corpo com o auxílio de um porta-bebê, prática esta que é provavelmente tão antiga como a própria humanidade.  


Este hábito de carregar crianças no colo, ainda persiste nas comunidades mais primitivas.  Na África onde as crianças estão nas costas de seus pais e familiares, em comunidades indígenas, nos povos orientais e na costa oeste da América do Sul.  

Afresco da Collegiata di San Gimignano, Toscana - Itália.


No mundo ocidental até o século XVIII era comum carregar bebês no colo envolvidos por um pedaço de pano.
Com a invenção de William Kent em 1733, uma "mini-carruagem" precursora do carrinho de bebê que foi criada para entreter os filhos do Duque de Devonshire, que consistia em uma cesta de vime sobre rodas que foi ricamente decorada e era projetada para ser puxada por cabras e pôneis.  Este carrinho era um objeto de desejo para a nobreza e ter um deste significava ter status, pois poucos poderiam pagar.


                              

Estes projetos foram modificados nos próximos anos e alças foram adicionadas para que os pais empurrassems seus filhos no carrinho.


Rainha Vitória

Um carrinho similar ao da Rainha Vitória


A moda real sobre carrinhos surgiu em 1849, quando a Rainha Inglesa Vitória, mãe de nove filhos quis passear com as crianças através do Royal Park.  Comprou três carrinhos de bebê e definiu padrão para a alta sociedade da época.  Para fazer parte da nobreza deveria se ter um carrinho de bebê.
Logo, a moda de carregar crianças em carrinhos de bebê se estendeu em todos os círculos aristocráticos da Europa.  
Carregar o bebê no colo não representava status e significava não pertencer à alta sociedade.  

Ao longo dos anos o carrinho se tornou um ítem "must-have".  A cada ano surgem modelos novos e extravagantes que só os mais ricos podem ostentar.
Assim como a Rainha Vitória, a realeza dos nossos dias (as celebridades) tem os últimos modelos mais modernos e cobiçados para desfilar pelas ruas.




A Porshe Design desenvolveu o P'4911, um carrinho para bebês feito em parceria com o designer David Dawood.  Em fibra de carbono, alumínio, couro e rodas com rolamento, o novo  item de luxo é elegante e dobrável, cabendo facilmente em um porta-malas.  O preço ainda não foi revelado.


Carregar o bebê no sling se tornou moda atualmente, as celebridades são flagradas com seus bebês e aos poucos o paradígma vai se quebrando aqui no Brasil. 
Muito mais do que carregar o bebê no sling porque é um acessório que se tornou moda, o sling atua como uma transição da vida intra-uterina para o mundo.  
Além de facilitar a vida da mamãe em suas tarefas diárias, carregar o bebê no sling é favorável ao desenvolvimento emocional do bebê.
Ao carregar o seu bebê você estará mais receptiva às necessidades vitais, compartilhando calor, o rítmo de sua respiração, o som de sua voz, o cheiro da mamãe/do papai.  A conexão que mamãe e bebê tiveram durantes os 9 meses da gestação não termina no nascimento.

Escrito por Nancy Fukuda.
Sites pesquisados: Strollers Direct; Blogs.Babble.

sábado, 21 de abril de 2012

O sling da Bia


Esta é a Bia filha da Adriana.  Ela gosta de ficar de frente olhando para o mundo e no embalo do colinho da mamãe chega até a dormir.
Na correria de vida de mãe moderna Adriana não conseguia fazer muitas coisas quando a Bia tinha cólica e o sling chegou para acalmar as duas.
Veja a felicidade do bisavô carregando a netinha quase dormindo no sling.