quarta-feira, 17 de abril de 2013

Refluxo na infância

Sabe aquela queimação que sentimos às vezes na garganta ou azia? Esse incômodo pode ser chamado de Refluxo Gastroesofágico, que nada mais é que a volta do alimento, sólido ou líquido, do estômago para o esôfago.
Acontece que isso não é apenas um problema de adultos. Os bebês e as crianças também sofrem com vômitos e regurgitações principalmente após as mamadas e refeições.
Antes de aprofundarmos no assunto, vamos entender o processo. O esôfago é um tubo muscular que conduz os alimentos da boca ao estômago. Na sua parte inferior existe um esfíncter que se abre para a passagem do alimento e se fecha para que o alimento não volte. Quando o esfíncter é fraco ou imaturo, ele não segura o alimento no estômago, que acaba voltando para o esôfago na forma de regurgitação ou vômito. Agora já estamos mais por dentro do assunto.
Todas as pessoas já devem ter apresentado em algum momento da vida a volta do alimento do estômago em direção à boca sem que isso acarretasse em algum problema. Quando a freqüência, quantidade e duração são exageradas, o refluxo é considerado uma doença.
A grande maioria dos bebês apresenta refluxo gastroesofágico por causa da imaturidade do esfíncter esofagiano. É chamado de refluxo fisiológico, isto é, que faz parte do desenvolvimento infantil.
Atenção, mamãe - Em 80% dos casos, o refluxo tende a regredir a partir dos seis meses de vida coincidindo com a introdução dos alimentos sólidos e a condição de uma postura corporal mais ereta.
O refluxo gastroesofágico é considerado patológico quando os episódios de vômitos e regurgitações não melhoram depois dos seis meses de vida mesmo com alterações na postura e dieta. Nessa fase, a criança não ganha peso ou o perde e pára de crescer e produz uma esofagite (inflamação do esôfago).
Além desses problemas, a criança apresenta sintomas como irritabilidade, choro persistente, dificuldade para dormir, recusa de alimentos ou complicações relacionadas ao nariz, ouvido, seios da face e garganta.
Em casos mais graves, a criança pode apresentar uma apnéia (parada respiratória) ou aspirar o próprio refluxo (chegar aos pulmões), progredindo para uma pneumonia aspirativa. Preste atenção se seu filho apresenta como sintoma chiado no peito.
Nas crianças mais velhas, os sintomas são de dor ou sensação de queimação no peito que se move até o pescoço (azia), gosto ácido ou amargo na boca, vômitos, episódios de tosse, arrotos e dor ao engolir o alimento.
Como vencer o refluxo?- O refluxo tem cura e pede alguns cuidados que devemos ter no cotidiano das crianças. A manutenção do leite materno é essencial, assim como deixar a criança no colo “em pé” para arrotar depois de alimentada por pelo menos meia hora antes de deitá-la. Se a criança já toma leite de vaca, às vezes poderá ser necessário engrossar com farinha de arroz ou milho.
Fracionar a alimentação para que o estômago não distenda e o refluxo seja evitado é outro cuidado. A quantidade de alimento deve ser menor por vez e dada em mais vezes ao dia. Alguns alimentos devem ser evitados como gorduras e frituras, chocolate, sucos cítricos (ácidos), café, refrigerante e iogurte.
Outra dica: a cabeceira do berço ou da cama da criança deve ficar elevada para que a ação da gravidade ajude o esvaziamento gástrico, assim como a posição de lado em cima do braço direito.
Os casos mais sérios são tratados com medicação que auxiliam também no esvaziamento gástrico e neutralizam a acidez da substância do estômago. A indicação de cirurgia hoje é pequena devido ao bom desempenho dos medicamentos e dos cuidados na vida diária.

Bruno Rodrigues

Fonte: Guia do Bebê

terça-feira, 9 de abril de 2013

Dicas para evitar as assaduras no bebê

As assaduras são um inimigo que ronda os bebês que usam fraldas. A notícia boa é que alguns cuidados simples reduzem muito as chances delas ocorrerem.
 

As assaduras em bebês são um incômodo e tanto. Além de deixar a pele dos pequenos irritada, vermelha, com ardência, coceira e dor podem ter como consequência prejuízos no sono e na alimentação.

 
Muitas mamães acham que as assaduras só aparecem na região das fraldas, mas não é só nessa área. Podem ocorrer em regiões mais quentes e em outras dobrinhas, como no pescoço e embaixo do queixo.
A principal causa da assadura é a umidade. Uma assadura inicial deve melhorar cerca de dois após o início do tratamento recomendado pelo médico (normalmente com os cremes tradicionais usados para prevenir a irritação à base de óxido de zinco, vitaminas A e D, lanolina, calêndula e óleos). Se ainda assim a assadura persistir, ou tiver piorado, fale com o pediatra, pois pode ser algum outro tipo de infecção, como fungo ou bactéria, que exige um tratamento mais específico.
Algumas dicas valiosas para as mamães contra as assaduras:

  • Não é preciso dar banho no bebê a cada troca de fralda no caso de xixi. Um algodão umedecido com água morna é o indicado para a higienização. O sabonete, mesmo sendo neutro, e lenços umedecidos retiram a camada de proteção da pele, propiciando a assadura.
  • No caso de cocô, o ideal é lavar o bumbum, mas apenas com água, sem o uso de sabonetes.
  • Deixe o bebê algum tempinho sem fraldas para evitar um pouco o atrito da fralda com a pele do bebê (a região fica úmida e quente em contato com a fralda).
  • Tente trocar a marca da fralda. A assadura pode ser por causa de alguma reação alérgica de algum componente da fralda.
  • Não use talco, a região ficará abafada e, portanto, úmida, propiciando o aparecimento das assaduras.
  • Não deixe o bebê com a mesma fralda por muito tempo. Nem a fralda mais absorvente de xixi consegue deixar o bebê longe da umidade e consequentemente da assadura.
  • Alimente o bebê exclusivamente com leite materno nos primeiros meses. O leite materno faz com que as fezes e urina não se tornem tão ácidas, prevenindo assaduras.
  • Uso exagerado das pomadas para prevenção das assaduras pode ter efeito contrário. Deve ser passada uma fina camada de pomada, o exagero deixa a região sem “respirar”, irritando ainda mais a pele do bebê.
  • Bebês maiores podem ter assaduras em decorrência de alergias alimentares. Por isso, quando introduzir a alimentação sólida, ofereça um alimento novo por vez, assim saberá se a assadura tem como causa alergia alimentar.
Fonte: Guia do Bebê